“Palavra” ecoou forte no Colégio Kitabu no Dia Mundial da Poesia
Os alunos do Colégio Kitabu realizaram diversas actividades ligadas à arte da palavra, por ocasião do Dia Mundial da Poesia, comemorado no dia 21 de Março de 2024.
O dia reservado à arte poética começou diferente, já era o presságio de que não seria igual aos outros. Primeiro, foi a 11a, que, no intervalo maior, à vista das demais classes do turno da manhã, fez as honras da casa. Aqui, viu-se e ouviu-se de tudo inerente à palavra: declamação de poemas da autoria dos alunos e de autores da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP).
No período da tarde, a palavra continuou a ecoar no Colégio. Eram os alunos da 10a classe, que entraram na onda de poetizar o dia. Nesta classe, além da declamação, destacou-se a dramatização, pelos alunos, do poema “Namoro”, de autoria de Viriato da Cruz, ao som da música de Rui Mingas.
E para fechar em grande, entrou em cena a 12a classe, especificamente as turmas A e B4C1, que fizeram tudo e menos nada sobre a palavra. Houve declamação de poemas dos alunos e de poetas renomados, como os moçambicanos José Craveirinha, Noémia de Sousa, e Martin Luther King, americano ligado ao sonho do seu povo.
Os alunos da 12a classe, na qualidade de finalistas, quiseram mostrar os seus dotes: tocaram piano, cantaram, dançaram, projectaram um vídeo a mostrar a realidade ambivalente da capital do país, Maputo, enquanto se ouvia o dizer do poema “As fugitivas da cidade”, de Nelson Saúte. Bravo!
Ainda sobre poemas de reflexão, uma aluna levou os presentes ao delírio quando declamou um poema sobre a doença de Alzheimer, tendo chamado atenção à necessidade de se apoiar os mais velhos, propensos a esta enfermidade.
Não foram só os alunos que fizeram da palavra um instrumento de canto e encanto. O professor de Português, Andrice Covane, declamou e encenou o poema “Quero ser tambor”, do pai dos poetas moçambicanos, José Craveirinha. Com esta poema, pedia o fim do terrorismo, dos raptos… males que, à semelhança do colonialismo denunciado pelo poeta, enfermam, actualmente, os moçambicanos.